Believe me

Seu olhar cruzou o meu por um segundo ou talvez menos – o que não importa, só foi suficiente pra entender que nada seria o mesmo. Eu não te via como nada além de uma pessoa. O que eu nunca tinha pensado virou pensamento que nunca quis você tanto quanto quero agora. Sinto falta de quando você olha pra mim – e eu olho pra você – e quando menos percebo, meu rosto rubro se esconde. Tenho saudades de seu jeito de sorrir e quando você diz algo ambíguo e entendo que você também ama.

Gosto de sentir seu perfume e seu cabelo de chapinha, não deveria – é coisa de menina, você não me escuta. Eu te escutei quando precisava de um conselho e te ajudei a arranjar uma menina que você gostava pra saber que dois dias depois já a odiava. E me senti bem, porque mesmo depois que não precisava mais de conselhos, continuou a conversar comigo. E naquele momento, naquele instante tudo mudava. Antes, seu olhar era apenas de mais um garoto infantil que fingia ser machão e quando percebi que ainda estava do meu lado–mesmo ainda sendo um garoto metido a machão– as coisas mudaram. Se invadiu meu coração, não sei. Se deixei, acho que sim. Você contou seus segredos para mim e logo não tinha mais nada conseguia nos separar. E todo mundo dizia: “ah eles estão juntos, que fofos”. Você dizia: “É só amizade!” e eu concordava com você, mentindo pra mim mesma e queria que você também estivesse mentindo. Se você mentiu e ainda mente, só queria que soubesse que não acho isso, não mais. Alguma parte de mim permite te amar, por mais que seja errado, é o mais certo para um coração que já explodiu por um outro idiota. Tenho medo que você não aceite meu sentimento e que aconteça tudo aquilo que você sabe bem.  Desculpe a sinceridade, estou permitindo que meu coração te ame.

Só queria que me amasse também.