Fim do Túnel

E é tudo assim, meio sem querer e meio sem saber que as coisas acontecem. E de repente, a gente se vê apaixonada, jogada, louca. Quando menos percebe, já se passou semanas, meses, anos. A vida passa, o tempo corre. Vivemos achando que não estamos vivendo, quando na verdade, estamos aproveitando ao máximo. Como aproveitar com uma dor tinindo dentro do peito, como viver quando algo (ou alguém) te impede de seguir em frente? Pois acredite, a gente vive.

Uma frase que marcou muito estava nas linhas da história da Menina que roubava Livros: como quase todo sofrimento, tudo começou com uma aparente felicidade.  Não é irônico? Na maioria das vezes sofremos por aquele que nos fez feliz, que nos completou de algum modo. Seja com um oi, com um sorriso, um abraço ou um beijo. Mas tentamos encontrar um motivo para tudo, uma justificativa pra tanto drama ou lágrimas. Porque mesmo sabendo que aquilo não te leva a lugar algum (ou a um felizes para sempre), sentimos que aquele amor já é tão nosso, que para deixar tudo no passado, precisa-se de novas pessoas e principalmente novos amores. E nem sempre estamos preparadas pra isso.
Às vezes, como ninguém, conseguimos perceber que estamos indo para o lado errado. Mas continuamos a andar, porque tem uma luz no fim do túnel. Queremos chegar até lá. Somos curiosas, somos levadas pelo novo. E nessa vontade do novo, nos faz encontrar lá no fim do túnel, o clichê. Apaixonadas por um idiota. De novo. E isso não é novo, mas é relativamente reconfortante. Aquela história já é conhecida. Começa assim. Você é feliz. Ele parece estar fazendo você mais feliz ainda. Aí você acha que tudo vai dar certo finalmente. As coisas parecem estar dando certo. Aí você se engana. E sofre. E chora. E ama. A idiota da história é você. Aí vem a culpa, o arrependimento. É como uma filosofia para todas as garotas que se apaixonaram por um garoto que definitivamente não presta. Ele parecia perfeito. Doce ilusão. A perfeição passa, a dor não. Mas não ache que essa dor é pra sempre, porque ela não é. Vai acabar. E quando isso acontecer, não tenha medo de fazer tudo de novo. Não digo para cometer os mesmos erros, mas tentando é que se acerta. É preciso se apaixonar por mil idiotas pra encontrar o garoto certo. Amar é para os fortes, e assim somos. Cada lágrima derramada não é um gesto de fraqueza, muito pelo contrário. Nenhum idiota suportaria sentir o que sentimos. Mas precisamos seguir em frente, seja sofrendo, amando, ou procurando a tal felicidade. Os dias passam, e a gente escolhe aquilo (ou quem) que levamos conosco. Continuamos nosso caminho. Tropeçamos, caímos, levantamos, sofremos, choramos. Repetimos os mesmos erros. Acertamos. Rimos, sorrimos, encontramos pessoas importantes, brincamos, amamos. E é assim, entre lágrimas e sorrisos que vivemos. Simplesmente vivemos. E é vivendo que encontramos a luz do fim do túnel: a felicidade. E eu sei que é isso que todas nós queremos. Ser feliz ao lado das pessoas certas. Não precisamos de mais nada. Precisamos?