Por que tantas vezes procuramos tão longe por pessoas ideais? Digo, tem tantas pessoas aqui, tão próximas de nós. Que foram feitas para amar. Essa distância... por que, inevitavelmente, a amamos? Poderíamos amar alguém, que por exemplo, todo dia compartilha uma sala de aula. O que precisamos pode estar tão próximo. Mas deixamos de enxergar. De erguer o rosto cheio de lágrimas e procurar no meio da multidão algum rosto que ilumine o nosso. Quantas vezes olhamos rostos até conhecidos, mas não os enxergamos... Passamos a olhar com os olhos, quando o que mais grita dentro de nós, é olhar com o coração. Esses fatos simples do cotidiano – nós não os enxergamos mais. Apenas sentimos passar a cada dia. E vai passando, passando... E vem aquele aperto no nosso coração – que uma hora cansado de tentar, começa a procurar pelas respostas – com aquela pergunta: o que tem de errado comigo?
Mas de fato, não tem nada de errado.
Só que nos prendemos tanto a um amor, àquela pessoa e aqueles gestos. Que simplesmente não enxergamos mais ninguém. Como se num mundo com seis bilhões de pessoas, fôssemos capazes de enxergar só duas pessoas que foram feitas uma pra outra. Nós nos fechamos tanto, que nem nos permitimos amar outras pessoas... com medo de nos machucar e sofrer novamente. Temos medo do erro. Do arrependimento, antes mesmo de tentar. Isso nos prende ao não fazer para não se arrepender e acabamos nunca fazendo, e ainda assim nos arrependendo – por não ter tentado.
Por que não olharmos para cima? Mesmo que as lágrimas escorram no rosto e o mundo esteja preto e branco. Por que não tentarmos? Fazer tudo e mesmo se não der certo, poder pelo menos dizer eu tentei. É assim que nossa vida tem que ser. De erros e acertos, de boas e más lembranças. Precisamos saber olhar com os olhos, enxergar com a alma e apreciar com o coração. Deixar o tempo ruim pra depois e ser feliz hoje. Por que não? Nada nos impede – nem ele nem ninguém. Precisamos acreditar em nós mesmos, antes de qualquer outra pessoa. Perceber que não estamos sozinhas, e que o amor não está na outra pessoa, está antes de tudo, dentro de nós.
Somos obrigadas a fazer escolhas diariamente, algumas que são capazes de mudar nossa vida completamente. Ver que não precisamos – necessariamente – nos esquecer para esquecer alguém. Por mais que exista aquela coisa dentro de nós que insista em enxergar apenas uma pessoa e ser capaz de amá-la unicamente. Se a vontade de mudar for maior que sentimentos platônicos, podemos ser e amar quem nós quisermos. Não necessariamente na hora e lugar certo – algum dos fatores pode estar errado, por que não? Na verdade, não existe essa coisa de pessoa certa, hora certa e lugar certo. Existem perspectivas e modos diferentes de se amar. E mesmo que seja louco e insano, nosso amor é acima de tudo, o tipo certo para nós. Só nós mesmas somos capazes de amar do nosso jeito. Mesmo errando. Mas falando sério, existe modo certo e errado de amar? Não existe. Como eu disse, nós fazemos escolhas, e cabe a nós perceber o que é bom ou nem tanto para o nosso coração. E também cabe a nós perceber que nossa vida é assim – e de todas as outras seis bilhões. Que nós nunca vamos achar o cara certo, na hora certa, no lugar certo. Quem sabe naquele dia de desespero, que não queremos enxergar ninguém no meio da multidão, não encontramos entre os seis bilhões de corações, aquele que bate na mesma frequência que o nosso? Mesmo de lápis borrado e o nó na garganta. Nunca se sabe.
O amor simplesmente acontece. Sem data e hora marcada.
1 comentários:
Mtas vezes não tem nada de errado conosco...
e precisamos tentar sempre..!! hehe
www.makeupdebombom.blogspot.com
bjinhos...
Postar um comentário
Os comentários são moderados, mas sua opinião é sempre bem-vinda! Comentários desrespeitosos ou caluniosos serão banidos.
Fique livre para enviar uma sugestão, dúvida ou crítica: entre em contato comigo.
Certifique-se, antes, se a sua dúvida já está respondida no F.A.Q. Obrigada!