Naquele dia não olhei pro céu. Não acordei com seu nome na cabeça e um sonho fresco na memória de final quase feliz – não fosse o despertador. Não pensei em um sorriso, em um abraço, naquela história. Não pensei no passado, nos poucos dez dias que fui feliz do teu lado. Não pensei nas brincadeiras, nas risadas e na falta que você me fazia, longe de mim; no outros trezentos e cinquenta dias sem te ter. Não pensei na dor que senti ao dizer adeus, tampouco nas suas poucas palavras indiferentes ao me ver ir. Larguei meu coração ali, naquele último abraço, provavelmente o único momento que me senti protegida, e fui. Mas esqueci. Não fiz questão de reler conversas já vividas e provavelmente esquecidas, não quis olhar aquela foto de dez anos atrás, em que você sorri e eu choro.
Não fiz questão de viver o contrário: de chorar enquanto você sorri, longe daqui.
Preferi o silêncio e respirar fundo, olhar aquelas fotos que já tanto conheço e com raiva por tanta estupidez que me permiti, prometer nunca mais olhá-las, mas olho. Não sinto e já não amo mais. O alimento da alma, que sustenta e tine alguma parte que falta no estranho estado de ausência espontânea, lembrada sem querer em um momento qualquer. Aquele sentimento de estimação que não quis mais alimentar, até sentir morrer. Acabar, desaparecer e restar esse único vazio que sinto em mim. A parte que não mais existe, não desejo e já não me falta. Uma sensação de incompleto que me faz feliz, ao espanto do sorriso de que te esqueci.
Quantas noites me perguntei onde você estava.
Hoje só me resta uma única pergunta: será que ainda faço alguma diferença?
Dou de ombros, sem tua resposta, tua voz ausente da minha vida, e respondo minha própria pergunta: é você quem já não faz mais diferença na minha vida. Esse vazio que sempre desejei e precisei, que me faz faltar e desejar alguém que me complete, torna evidente o quanto mudei. O que preciso, satisfeita noto, não é mais você – quanta ilusão em cada pensamento bobo a respeito de ti. Eu precisava me livrar. Acabar com esses sentimentos que sempre existiram dentro de mim. E naquele dia que não olhei pro céu e não pensei em você, foi quando percebi que passou.
Passou... só passou.
Te esqueci sem nostalgia ou fraqueza. Teu abraço, teu sorriso, nossa história e aquele último adeus. Acredite, me fez bem. E assim sigo: sensação de vazio, efêmeras vontades de felicidade. E sem você aqui, sem sentir sua falta, sem te desejar tanto como de clichê te precisei, tudo isso era necessário. Não só te esquecer, mas perceber que fui forte e nunca desisti. E se hoje já não te tenho, não foi uma perda, tampouco meu sinal de fraqueza. É preciso ser muito forte para suportar tudo que vivi por tua causa e chegar até onde cheguei. E mesmo agora, com esse pouco de você que me resta que me faz escrever, indiferente, sei que consigo. Consigo ir muito mais longe, e desta vez, sem você.
Não fiz questão de viver o contrário: de chorar enquanto você sorri, longe daqui.
Preferi o silêncio e respirar fundo, olhar aquelas fotos que já tanto conheço e com raiva por tanta estupidez que me permiti, prometer nunca mais olhá-las, mas olho. Não sinto e já não amo mais. O alimento da alma, que sustenta e tine alguma parte que falta no estranho estado de ausência espontânea, lembrada sem querer em um momento qualquer. Aquele sentimento de estimação que não quis mais alimentar, até sentir morrer. Acabar, desaparecer e restar esse único vazio que sinto em mim. A parte que não mais existe, não desejo e já não me falta. Uma sensação de incompleto que me faz feliz, ao espanto do sorriso de que te esqueci.
Quantas noites me perguntei onde você estava.
Hoje só me resta uma única pergunta: será que ainda faço alguma diferença?
Dou de ombros, sem tua resposta, tua voz ausente da minha vida, e respondo minha própria pergunta: é você quem já não faz mais diferença na minha vida. Esse vazio que sempre desejei e precisei, que me faz faltar e desejar alguém que me complete, torna evidente o quanto mudei. O que preciso, satisfeita noto, não é mais você – quanta ilusão em cada pensamento bobo a respeito de ti. Eu precisava me livrar. Acabar com esses sentimentos que sempre existiram dentro de mim. E naquele dia que não olhei pro céu e não pensei em você, foi quando percebi que passou.
Passou... só passou.
Te esqueci sem nostalgia ou fraqueza. Teu abraço, teu sorriso, nossa história e aquele último adeus. Acredite, me fez bem. E assim sigo: sensação de vazio, efêmeras vontades de felicidade. E sem você aqui, sem sentir sua falta, sem te desejar tanto como de clichê te precisei, tudo isso era necessário. Não só te esquecer, mas perceber que fui forte e nunca desisti. E se hoje já não te tenho, não foi uma perda, tampouco meu sinal de fraqueza. É preciso ser muito forte para suportar tudo que vivi por tua causa e chegar até onde cheguei. E mesmo agora, com esse pouco de você que me resta que me faz escrever, indiferente, sei que consigo. Consigo ir muito mais longe, e desta vez, sem você.
2 comentários:
Que texto perfeito.
Parabéns!
Ainda tento encontrar essa força. Embora seja difícil, acho que um dia tudo passa.
PERFEITOO prima, ée esta força tão dificil de se conseguir você conseguiu... Parabens
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