Comportamento, moda, fotografia, música, textos de amor e dicas. Um Blog com tudo aquilo que adoramos fazer antes de sonhar! – Por Mariana Solis

segunda-feira, julho 04, 2011


Para você!

Um dia, e não faz tanto tempo, quando permiti ares puros e pensamentos leves e soltos tomarem minha cabeça, parei para pensar: e agora? E agora o que, Mariana. Vida. Não há por quê pensar, por quê se preocupar, porque, afinal, não há nada de errado. Quanto drama, já passou. Mas se eu pensar o contrário, com toda convicção possível, não estaria mentindo? E o pior, me iludindo? Um erro dos graves. Aliás, o que pensam e dizem é que eu estou assim é porque quero. Mas jamais me disseram que não há opções a não ser... amar. E continuar com esse turbilhão de insanas e efêmeras vontades, defeituosas, ridículas, incessantes e obscuras de sentir, bem, parece fútil. Oras, porque não há nem dez motivos que me faça continuar estagnada em sentimentos platônicos, frustrados ou algo do tipo. A verdade é que o problema nunca é grande suficiente para algum consolo e palavras suaves e amigas de vai-passar-e-você-vai-ficar-bem. É bem mais fácil falar: que bobagem, enquanto você continua em probleminhas tão pequenos, metade do mundo passa fome, e isso não é nada mais que dramas psicológicos.
Que nada, absolutamente nada, pode te impedir de seguir em frente.
Por que, então, não seguir?
Mas aí vem aquele sentimento de o-que-fiz-de-errado, junto com a sensação de fracasso, que aliás, não é nada mais que consequência de tudo que falam por aí, que fazem questão de jogar na cara que machuca. E acabam machucando mais. E uma cratera gigante, sem evidências e intocável, toma conta de algum lugar que sequer há remédio que ajude. Vazio, vazio, vazio. E incomoda, incomoda muito. Vai doer, vai faltar, e uma hora você se vê chorando, e aparentemente sem motivos. Mas estou falando de aparências, enquanto você pode ter, sei lá, cem motivos para estar assim. Só que ninguém acha que seus cem motivos são capazes de derrubar alguém (logo você, sempre tão forte!), literalmente. E se te perguntam o que há de errado, algo que te alerta dentro da cabeça implora que apenas diga que não sabe. Porque não saber, mesmo quando você sabe muito bem o que está acontecendo, vai impedir que mais um faça questão de te mostrar que a realidade dói e sempre vai te machucar.
Não é bem mais fácil fingir que está tudo bem?
Mas não está. Mentir sobre sentimentos parece tão pequeno e ingênuo, e muitas vezes, a única saída. Afinal, num mundo que machuca, que cada vez mais tudo que é relacionado a sentimento é banal, o silêncio (e o travesseiro) é o melhor amigo. Chega uma hora, que você mal percebe, tudo começa sufocar. Você, assim como eu, começa a se perguntar: o que faço agora? Por que está tudo assim? Por que ele foi aparecer na minha vida? Por que justo ele?
Por que justo eu?
O pior de tudo que ninguém, além de você e eu, pode responder a todas essas perguntas. Muitas vezes o tempo resolve problemas, ou até nós mesmas resolvemos escutar o nosso coração e fazer o que bem entendemos. Mas uma hora passa. E tudo aquilo que parecia interminável, eterno e totalmente singular acaba. Os resquícios ainda estão aí, em perfumes exalados, sorrisos sinceros e lembranças de momentos perfeitos: tudo que te deixou com a sensação de vazio. Do incessante coração que tudo sente, mas nada explica, te resta uma parte que você perdeu e nunca mais achou: as marcas. Essas são lições e que de alguma forma, estão ali para lembrar de coisas boas e ruins que aconteceram. Muitas vezes essas marcas vêm a tona como se quisessem mostrar: não faça de novo, tente ajudar. Eu, por exemplo, quando essas marcas tintilam brilhantes do passado não tão remoto, me faz escrever. As marcas viram palavras.
E as palavras viram textos.
Aí você, que lê tudo isso, pensa: nossa, esse texto conta a história da minha vida! Encaixou perfeitamente com o que estou passando agora!
E eu, com esse sorriso meio bobo, feliz me contento. Fique com ele, faça o que quiser com minhas palavras, marcas e lições. Muitas vezes são necessárias várias outras vidas para finalmente aprender. Então que aprenda com a minha, para que suas marcas sejam de momentos felizes. Se isso fizer alguma diferença, esse texto é para você, que se encontrou nas minhas palavras. E assim como aconteceu comigo, vai passar. A diferença é como você vai levar essa marca na sua vida. E eu, como uma mera narradora do que vejo por aí (que também já senti), espero que essa marca não seja uma cicatriz. Quando restar apenas isso depois de tanto tempo, só fique uma marca que te faça lembrar com saudade e nostalgia, porque fez alguma diferença. Seja uma foto, um sorriso,  uma carta, um segredo, uma lembrança.
Ou um texto como esse. 
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