Comportamento, moda, fotografia, música, textos de amor e dicas. Um Blog com tudo aquilo que adoramos fazer antes de sonhar! – Por Mariana Solis

sexta-feira, julho 15, 2011


Seus Sentimentos

Desabafo.
Eu sei o que você sente.
A culpa é minha. Eu estraguei tudo, minhas atitudes foram erradas, fui eu quem magoei, fui eu quem quis que tudo isso acontecesse. Fui eu quem fiz questão de jogar na cara verdades que nunca passaram de mentiras, mas que na minha cabeça continua sendo real. Eu desejei essa distância, eu te quis longe, eu quis que você nunca mais aparecesse na minha vida. Fui eu quem guardei seu presente no maleiro, para não cometer o erro, se não acidente, de colocar no lixo cada lembrança sua com cheiro de abraço. Eu confiei, eu te pedi ajuda. Você me escutou, mas te odiei pelo jeito que você tratava com desdém tudo que eu falava sobre alguém tão importante para mim. Mas eu te iludi, eu menti, eu fingi. Fingi que continuaria do seu lado para sempre, mas tão efêmero quanto todos os outros para sempres que já prometi, o seu foi ligeiro e passageiro, mas de alguma forma marcou. Te odiei por cada palavra que você escreveu que me fez entender outras coisas que não imaginava de você. Eu disse tudo que, desde que eu te conheço, sei que é o seu ponto fraco. Eu falei de sentimentos, dos seus sentimentos, mas nunca te dei direito de respostas. Você dizendo se arrepender de tudo, dou de ombros. Não me importa, sequer me incomoda, se agora tudo o que anda acontecendo mudou a sua vida. Se você nunca mais quer olhar na minha cara, porque você agiu como uma otária por minha causa, para mim é mais uma prova de que você sempre me amou. Quem correu atrás não fui eu, e veja agora, nem diferença isso faz. Tampei meus ouvidos, te dei as costas, e fui, simplesmente.
Passado e pronto.
Você complica demais, faz questão de mostrar que eu ainda faço parte da sua vida, e da falta de nós dois. Mas tenho tantos motivos para nunca mais nem olhar na sua cara. O tanto de merda que você escreve naquele blog idiota, para depois virar confusão para cima de mim: e aquele texto, hein, era para você? Para depois ter que arranjar desculpas e tentar desviar desse assunto: não, não era para mim. Mas você nunca para, porque sabe o quanto eu odeio quando escreve. Só continua, linha pós linha, dizendo nas entrelinhas, que ainda me ama.
Você poderia se contentar com esse gigantesco "SOME" que estampo na minha testa, porque na minha vida cansei das confusões que causou. Mas não, você prefere continuar falando do quanto dói minha ausência, insistindo em mostrar o quanto eu era importante. E não é só isso. Justo quando eu estava no auge da minha felicidade, nos seus olhos ficaram evidentes o quanto você estava odiando tudo. Só negativava, queria me ver morto, e de preferência com alguém do lado. Você só soube ser estúpida, garota. Ser uma imbecil, uma idiota que correu o tempo todo atrás de quem só te quis longe. Você se fez de cega diante de todas as verdades que te disse.
Agora nem o que realmente marcou, faz falta. Não sinto falta de você me ligar desesperada, porque um outro idiota estava na sala ao lado e nem olhou na tua cara. Não sinto falta de você chorar no meu ombro porque sentia tanta saudade dele. Eu te ouvi, mas quando eu precisei disso, você não me apoiou, só quis que passasse logo essa minha felicidade toda. Consegue ver a diferença? É disso que eu falo. Eu aceitei seu amor, eu aceitei suas dores e te escutei, e quando precisei de alguém que apenas sorrisse com todas as baboseiras de um cara apaixonado, você continuou ali, mas com vontade de sumir. E isso doeu. Eu esperava que você me abraçasse, dizendo no sufoco dos meus braços, o quanto estava feliz por mim.
E isso nunca aconteceu.
Suas piadas não fazem falta, nem de brincar de chat durante a aula. Indiferente também, as vezes que te contei meus segredos, das vezes que confiei em você e disse o que me incomodava, para no fim te abraçar e te chamar de melhor amiga. Nem das suas nerdices que me faziam tirar boas notas. Sua risada, seu ciúme, seu esforço para ver uma blusa azul com rosa fazer sucesso numa sala de aula. Seu gosto estranho de músicas, seus dias de saudade dele, sua contagem regressiva para vê-lo. Seus momentos de safadinha (ou melhor, capetinha, como eu costumava te chamar) na frente dos seus pais, revelando aquela garota ingênua sendo muito mais do que isso. E das vezes que insisti que esquecesse aquele idiota, porque ele só te fazia sofrer. Das suas crises de riso, seu jeito protetor, dos bilhetinhos mesmo quando você sentava do meu lado. Das fofocas, das implicâncias, das briguinhas bobas porque eu não tinha sentado do seu lado. Das brincadeiras, de viajar contigo, de te pedir desculpas um dia antes por um depoimento que você nunca aceitou.
De quando você, meio nervosa, me chamou pela primeira vez de melhor amigo.
Da sua implicância com a minha franja, do melhor tipo de corte. De quando você me abraçava do nada, dizendo sentir saudade de mim. Eu disse que seria para sempre, e você concordou. Eu te iludi, mas você continuou acreditando. Eu te ignorei quando tu mais precisava, e te larguei quando eu bem quis. Nem perguntei se isso te machucaria. É só uma ferida a mais, só uma cicatriz que irá te lembrar mais tarde. O que será apenas mais uma, em meio a tantas? Nem faz diferença. É só mais uma carta queimada, uma lágrima caída.
É só mais um para sempre desperdiçado.
Você sempre sonhou tanto comigo, para no final eu te trocar. Uma troca um tanto justa, para alguém que nunca foi o que realmente parecia ser. Para alguém que se um dia teve alguma importância, hoje já não tem. Eu esperava seu respeito, que compreendesse que ao escolher, eu escolhi alguém por amor e não por amizade. Amizades tem aos montes, mas por amor só existe uma. Pena que tu nunca quis entender essa diferença, e no seu mundinho tão egocêntrico e egoísta, te trocar e nunca mais nem olhar para tua cara, foi um erro. Mas você também erra. Se acha a certinha e perfeitinha, mas posso fazê-la uma lista do tanto que você já me magoou. Suas palavras sempre me machucaram, e você sabe muito bem como. E por saber do tanto que eu odeio cada palavra que tu escreve, vem você falando por mim. Que nem agora, você enfiando um monte de palavras na minha boca, achando que eu realmente penso tanta merda desse jeito.
Eu nem penso mais em você. 
Mas só desse jeito para eu saber o que você realmente pensa de tudo isso, que eu nem sabia que tu sabia. Mas então você sabe. Sabe da raiva que eu sinto, e que meu orgulho, mais uma vez, só vai colaborar com que essa distância nunca mais nos una. Sei que você espera que eu volte atrás, porque uma hora acha que tudo isso vai passar. Mas se depender de mim, não passa. Se tudo isso te afeta, é porque você se importa, e eu sempre soube disso. Porque se eu voltasse a falar contigo, nem que se fosse um mero oi, você cairia nos meus braços, me abraçaria para sentir o mais forte possível o meu perfume. Você choraria, diria que sente minha falta. E eu, com vontade de rir da sua cara de imbecil, porque para mim não fez falta por nem meio segundo. Tu voltaria correndo para mim, porque eu sei que você me ama. Fica sonhando, criando expectativas e esperando para quando puder me chamar de melhor amigo de novo. Te faz falta cada segundo que tive do seu lado, que te amei, te defendi e prometi ser para sempre. E depois do fim, eu segui em frente, mas você ficou presa a um passado nosso.
Mesmo quando nostálgico, lembro do quanto você me fez bem. Te tiro da minha mente, antes que isso me abale e me faça sentir falta tua, de todas as suas manias e do que me fez te considerar quase uma irmã para mim.
Se sinto saudades? Não preciso de você para viver.
Agora que cada um tem sua vida, esquece todas as músicas que um dia nos uniu. Queima, queima minha carta, meus bilhetinhos, apaga minhas mensagens. Guarda os perfumes que eu te dei, como eu fiz com o teu abraço. Esquece da homenagem que te fiz, das palavras que te fizeram chorar. Esquece das tardes mais rindo do que estudando. Esquece de cada segredo que te contei, de cada abraço, de cada briga. De cada sorriso, de cada história, de cada foto, de cada dia, de cada lembrança. Só não esquece de uma coisa. Enquanto eu te amei, foi para sempre.
E eterno enquanto durou, por mais que eu tente te esquecer, você é aquela que continua aí, sofrendo por mim por amor a uma amizade que um dia acabaria. E agora que acabou, eu percebi. Você foi a única que continuou até o fim, até não mais suportar. Mesmo que tenha sofrido em silêncio muita das vezes. Você pode ter sido forte, mas já não valia mais a pena. Mesmo que todas essas palavras não sejam realmente minhas, aquela que você não esquece por mim, que com lágrimas nos olhos você me escutou, e ainda assim, quando disse foi sincero.
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. E você, é uma delas."
Minha hora de dizer obrigado.

Essas lágrimas.
Agora só me diz o que é verdade.
6 comentários

6 comentários:

Ana Luisa disse...

fodaaaa em prima, te amooo!

Luisa disse...

sem palavras pra tanta perfeiçao! nossa, eu realmente amei. voce escreveu pra voce mesma hein? só surpreeeeeende garota!

Anônimo disse...

depois disso o lucas tem que chorar duas semanas de arrependimento, de tao foda tudo aqui! nao sei pq ele ainda ta com aquela emo, voce tem muito mais atitude e coração que ela

Malu disse...

"Eu te ignorei quando tu mais precisava, e te larguei quando eu bem quis. Nem perguntei se isso te machucaria. É só uma ferida a mais, só uma cicatriz que irá te lembrar mais tarde. O que será apenas mais uma, em meio a tantas? Nem faz diferença. É só mais uma carta queimada, uma lágrima caída.
É só mais um para sempre desperdiçado."
NÚÚÚ, PERFEITO PERFEITO PERFEITO. SIMPLESMENTE TUDO QUE EU SEMPRE SENTI, MAS NUNCA SOUBE EXPLICAR. P-E-R-F-E-I-T-O.

Anônimo disse...

gorda -.-

Lúcio disse...

Quão estúpido e pérfido és, anônimo. Avaro, com asco critica uma obra belíssima, inocente, porém lapidada em proporções inimagináveis. Digo-te, escritora, suas obras são esplêndidas, choca e agrada-me ver que verso, prosa e poesia ainda existem. Abraços, Lúcio.

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