Comportamento, moda, fotografia, música, textos de amor e dicas. Um Blog com tudo aquilo que adoramos fazer antes de sonhar! – Por Mariana Solis

sábado, agosto 13, 2011


Do que vejo aparentemente por aí

Não é difícil olhar para o lado e deparar com uma situação muito complicada. Mas é igualmente fácil encontrar a solução para esse problema, e que a situação é complicada por escolha própria de quem vive. Do que falo e também vejo, são sobre as principais polêmicas vistas na televisão ou em qualquer outro meio de comunicação. Aliás, quer ver desgraça? Ligue a televisão.
Ou nem precisa ir tão longe. Simplesmente olhe um conhecido, alguém nem tão distante assim.
Histórias muitas vezes com finais trágicos começaram aparentemente felizes, com uma roda de pessoas que ali também são, aparentemente, amigos. Mas a verdade é essa: aparentemente está tudo bem. É só uma dose, uma cheiradinha, um cigarro. Afinal, seu corpo nem vai sentir, e ninguém precisa saber, principalmente sua família, que você já experimentou aquela droga. É só uma vez, prometem. Só para sentir todo aquele sentimento de força e capacidade que um dia te tiraram. Só para sentir toda aquela paz, só para descontrair. Você parece tão tenso... toma aqui, isso e isso. Não, não é nada, é só uma balinha gostosa. Um copo, refrigerante com vodka. Quer um canudinho? Vem cá, vamos dançar. 
Convidativo, atrativo, mas nada inofensivo. De pouco em pouco, o vício. Sempre mais, sem parar. Os primeiros sintomas do que aparentemente não afetaria. Embora ainda dê tempo de parar, a escolha feita é de ficar ali. Alucinados, distraídos, quase mortos. Numa geração que apenas os próximos dias fazem preocupar, consequências não são notadas, tampouco planejadas. São rumos a serem tomados cedo demais. Que quase sem pensar, cada gesto é um sinal de imaturidade. E valores que deveriam existir, não se sustentam na consciência intuitiva do certo ou errado. Simplesmente não servem para nada. 
Por quê, então, ligar a televisão? Mudar a realidade que cerca, sem precisar enxergar o que acontece na capital, pode parecer que não, mas faz diferença.
Aparentemente apenas, escolhas de adolescentes, pseudo-adultos-loucos, são quase escravos de um futuro que não querem escolher. Preferem, pois, o que às cegas sentem. Entorpecidos e insanos, escolhem não escolher. Estancar no presente infeliz, drogado, isolado, sem esperanças. Desconhece-se Deus, e Ele só existe (erroneamente) nas horas de extrema dor e/ou necessidade. Ah, meu Deus, preciso de dinheiro. Preciso de mais, mais, mais. A verdade é que o que o corpo limitou, não é mais um limite.
Até a anormalidade é normal agora.
O que julgam os olhos de uma normalidade inexistente, adolescentes que se prostituem, crianças de doze anos que bebem e traição, são coisas aparentemente quase aceitáveis. Beijar trinta garotas numa noite é normal, uma garota beijar cinco também. Esquecer o próprio nome de tanta bebida e droga. Aproveitar, dizem. A noite é uma criança. Garotas de dezessete anos grávida de gêmeos é sinal de felicidade. Assassinatos são justificáveis. Se não aceitam essa realidade, não fazem questão de mudar.
Viver já não tem mais o mesmo valor.
Ofuscam, então, o que deveria ser valorizado. Quem sente, quem vive, quem escreve. Quem sonha, quem ama, quem luta. Tantas pessoas, talvez minoria, que escolheram o que faz bem para a alma, para o coração. E daqueles que se fazem a maior parte, que erraram cedo demais e que, novamente por aparências, preferem continuar num sofrimento que não vale a pena. Que preferem sensações que não se igualam ao bater forte de um peito apaixonado. Preferem o irreal, o alucinógeno, o suicídio. Por mais que pareça já não restar chances, enquanto há vida, ainda dá tempo.O problema é que a única pessoa que tem que querer, é quem escolheu estar ali. Dentre tantas escolhas, saber o que não leva a lugar nenhum é uma questão de consciência. Ter como destino a morte não é algo que deveria ser desejado, tampouco escolhido.
A tênue diferença é o modo como você encara uma escolha que não deveria ser, nem aparentemente, uma opção.
Comentários

1 comentários:

Ana Laura R disse...

Muito profundo e relfexivo. Gostei das suas palavras.

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