"Tende por certo: amar se aprende amando."
Carlos Drummond de Andrade
O céu está azul demais para o tamanho da minha tristeza. Os pássaros se rebuliçam todos juntos, e isso está me irritando muito. A vizinha de cima resolveu colocar um salto agulha para acabar com a minha paciência. São nove horas da manhã e alguém já está ouvindo funk para o fim de semana. E ainda é quinta-feira. Minha música preferida soa como um ruído. Meu vestido preto não está me deixando melhor. Meu cabelo está sem brilho. Meus olhos então...Só sei que tem dia que tudo não está como deveria.
Hoje parece-me que tudo está perdido, inclusive eu. Minha cabeça dói, tudo gira. Não há nada nessa casa para me distrair e tirá-lo do meu pensamento. Hoje completa mais um mês de ausência. Estou sozinha e sinto culpa por isso. Não quero chorar, mas não quero ser forte também. Tenho vontade de fugir, desaparecer. Por que tudo tem que dar errado? Por que comigo, por que sempre comigo? Não é justo. Parecia até que antes meu coração batia normalmente, e hoje sou repletas de batidas aceleradas e pausas frequentes. Tudo se resume em uma única palavra.
Inconstância.
Da forma como estou, não sei se vou ou se fico. Se mudo ou deixo como está. Se amo ou se odeio. Se sorrio ou se choro. Sei que sinto um aperto no coração. Ninguém nunca me deu uma explicação, só eu me compreendo. Tento, pergunto, duvido. Não existem respostas, apenas falhas. É uma falta. É um vazio.
Sou eu.
Me sinto tão incapaz, tão mal por tudo isso. Vontade tenho eu de desistir. Esse sol do lado de fora me incomoda. Eu quero mesmo é a escuridão. Será que há alguém que se importe comigo? Meus amigos são verdadeiros? Por que não sou como os outros? Sei que hoje é um dia a menos. Um dia que não conta, que não quero viver. Então eu pensei nele, pensei em mim.
E chorei por nós.
Quis cessar uma dor que sinto sozinha, e que para ele sei: já passou. Nubívago que seja, sonhar com um passado de nós dois é algo frequente e inevitável. O que o coração grita, a alma traz aos olhos. E o tempo dança, o mundo gira, e eu, com o pensamento nas nuvens. E isso me leva a pensar no tamanho da minha estupidez por ainda estar sentindo algo tão subjetivo e intocável, e infelizmente, tão meu. Pobre de mim que nasci assim, sentimental e emotiva. Porque sei, o que falta não é um relacionamento ou alguém aqui do meu lado. O que falta mesmo é preencher o vazio que existe de dentro para fora, que contagia meu corpo num todo, que só me quero sozinha, em mágoas e dores particulares, insuportáveis a olhos alheios. Cada um tem seu jeito de amar, e ao que me parece, escolhi da pior forma possível: sofrendo.
E chorei por nós.
Quis cessar uma dor que sinto sozinha, e que para ele sei: já passou. Nubívago que seja, sonhar com um passado de nós dois é algo frequente e inevitável. O que o coração grita, a alma traz aos olhos. E o tempo dança, o mundo gira, e eu, com o pensamento nas nuvens. E isso me leva a pensar no tamanho da minha estupidez por ainda estar sentindo algo tão subjetivo e intocável, e infelizmente, tão meu. Pobre de mim que nasci assim, sentimental e emotiva. Porque sei, o que falta não é um relacionamento ou alguém aqui do meu lado. O que falta mesmo é preencher o vazio que existe de dentro para fora, que contagia meu corpo num todo, que só me quero sozinha, em mágoas e dores particulares, insuportáveis a olhos alheios. Cada um tem seu jeito de amar, e ao que me parece, escolhi da pior forma possível: sofrendo.
Gosto da vida como uma constante loucura. Gosto de tocar o céu, tirar os pés do chão. De sorrir para minha gatinha manhosa. Da simplicidade e do surpreendente. Abstrair num momento sublime. Encontrar a verdadeira importância nas pessoas. Saborear da melhor comida. Tomar a melhor bebida. Procurar uma saída.
Não sentir-me tão perdida.
Mas o sol não brilha como deveria, tampouco a parte que me resta dessa alma tão desgastada. Hoje só quero minha cama, meu travesseiro, minhas lágrimas. Decepções já bastam as que tenho até de ontem. Mesmo que hoje seja um dia desperdiçado, sinto que algo está errado aqui dentro. Se ainda há tempo, devo consertar o que falta. Só não sei se o que é: se é amor ou saudade.
Todos os meus surtos instantâneos de querer aproveitar a vida adormecem com esse coração que, para hoje, só tem o pulsar. Deixa a vida para depois, não estou afim de aproveitá-la. Me deixe sozinha, está doendo ainda. Espere, vai passar. Amanhã eu vou... Amanhã eu vivo.
Hoje não, hoje eu só existo.
Não sentir-me tão perdida.
Mas o sol não brilha como deveria, tampouco a parte que me resta dessa alma tão desgastada. Hoje só quero minha cama, meu travesseiro, minhas lágrimas. Decepções já bastam as que tenho até de ontem. Mesmo que hoje seja um dia desperdiçado, sinto que algo está errado aqui dentro. Se ainda há tempo, devo consertar o que falta. Só não sei se o que é: se é amor ou saudade.
Todos os meus surtos instantâneos de querer aproveitar a vida adormecem com esse coração que, para hoje, só tem o pulsar. Deixa a vida para depois, não estou afim de aproveitá-la. Me deixe sozinha, está doendo ainda. Espere, vai passar. Amanhã eu vou... Amanhã eu vivo.
Hoje não, hoje eu só existo.
1 comentários:
Gostei muuuuuuitissimo, ando meio assim, só existindo. adorei de verdade. li sobre o plagio, qualquer coisa estamos aqui querida amiga escritora..
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