Comportamento, moda, fotografia, música, textos de amor e dicas. Um Blog com tudo aquilo que adoramos fazer antes de sonhar! – Por Mariana Solis

terça-feira, dezembro 06, 2011


Inspiração

Não sei por quê estou fazendo isso de novo tampouco acreditando que vou lhe dizer tudo isso. Sinto que devo, mesmo que ache que seja perda de tempo. Pois não imagino assim, ainda mais pensando em nós. Nós existimos, nós fomos. Dessa insignificante coragem momentânea que surge por dentre meus pulmões, ainda respiro. A fragrância leve, porém marcante, faz-me lembrar de ti. A sintonia desse instante está na música a repetir: ainda se lembra daquela nossa? Foi só, então, que percebi que de tanto tempo a maior parte fiquei sozinha.
Mesmo que tu estivesse do meu lado. A solidão era de sentimento. 
Tentei tornar sonhos realidades. Esperei te ter do meu lado, assim, sempre: da forma como dizíamos que seria até o fim. Eu acreditava em nós. E sempre soube o teu valor para mim. Sensação tive que tu era uma parte essencial de mim. Agora, depois que nos perdemos, o vazio que deixaste não se ecoa mais. Antes, quero dizer, quando ainda acreditava no que éramos, achava que te perder seria a simples perda de mim também. Que assim, na falta de mais um pedaço, deixaria de existir na tua ausência. 
E eu fui forte, garoto. Não por você, nem por nós. 
A fortaleza que criei foi por mim.
A dor que tocava meu peito deixava-me frágil. Entre uma lágrima e outra, desabava sozinha, quando antes tinha tu de amparo. Nos percalços do novo caminho, senti-me por faltas de alguém que criei, mas nunca existiu. Tu nunca passou de um sonho, que na realidade só me fez sofrer. Sei também, dos quantos problemas te causei. Eu te avisei por precaução: tenho sentimento. Uma hora, quando enfim, não mais suportasse toda aquela minha força, eu não resistiria. Foi quando te vi me odiar por sentir escrevendo. Lá no fundo, o arrependimento. Eu apostei tudo em nós, e na primeira oportunidade, eu te perdi para qualquer brisa que tenha passado. 
Você se foi com ela.
E eu te conhecia tão bem que, por orgulho, já esperava que não voltasse atrás. O tempo que passou, deixou algo tão vago que naquela noite, larguei meu orgulho de lado e fiz tu sabe o que. E eu disse. Engasguei as palavras que me sufocavam, vomitei sentimentos e destruí meu orgulho. Fiz tudo que jamais imaginava que faria por você mais uma vez. E encontrei coragem e sabe-se lá mais o que. Sei que agora, depois que tudo passou, ainda te guardo. Não por desistência, te deixar ir era apenas questão de tempo. 
Eu que me iludi, eu quem fui a idiota e acreditei em eternidades que desde o início teriam um fim.
Mas eu gostava. Gostava de te ter comigo. Era bom te chamar de melhor amigo. Eu acreditava na nossa amizade mesmo que você sempre imaginasse outras coisas. O problema todo talvez seja esse: nós nunca conseguíamos dizer o que estávamos sentindo. Antes da verdade estava o maldito medo. Medo de magoar, de entender tudo errado. E olha a que ponto nós chegamos. E por estupidez, nunca mais seremos os mesmos, e pior, nem chegaremos a ser algo de novo. Mas nós partimos, nós não existimos.
E nenhum de nós um dia sequer, disse adeus. E a distância se fez perto demais. Do pequeno espaço vago entre eu e você, uma presença intocável. Sei que alguém vai lhe contar disso que faço de novo. Incompreensivo, tu nunca vai me entender. Nunca vai procurar o que falta no meu fôlego, no que respiro. A constância do que fazia de rima sobre nós, hoje não sobra sequer a melodia ou um mínimo resquício de um ritmo. Parece que os vazios foram preenchidos, e ainda assim doem. Dói por eu ainda ter tentado uma última vez nos ver como éramos. Eu nunca quis aceitar essa derrota. Agora, pelo tempo, vejo que vai passando. Te vejo cada vez mais distante nas minhas lembranças. Daqui a pouco completa um ano que deixamos de ser nós. Os dias voaram, e junto também meus sentimentos. 
Eu sinto muito.
Tanta inspiração que também chega ao fim. Desisto de acreditar em coisas eternas. Agora sei o quanto precisávamos seguir nossas vidas, sem o outro. Não se preocupe, menino, estou bem. A culpa não é sua e nunca foi. Eu que desejei tudo isso. Você sempre soube como sou. Tu conhecia minhas manias e meus anseios. Do que levo, talvez pouco você conheça. Mudei tanto, garoto. Só lhe peço: leve consigo aquela garota que um dia eu fui, porque você me fazia, sim, feliz. Desculpa por te fazer passar por isso mais uma vez. Só que, se ainda estou aqui sentindo por nós, é porque nós partimos. 
Mas nunca dissemos adeus.
Eu só queria dizer que sinto a sua falta. O grande problema que dessa falta, a solidão também existe. Saudade dessa vez, não é suficiente para salvar aqueles melhores amigos que nós fomos um dia.
(Sinto muito por ainda sentir tudo isso.)
3 comentários

3 comentários:

Blog da Tarde disse...

LINDO!!
ADORAMOS!
DA UMA PASSADINHA, TEM COISA NOVA:
http://blogdatardee.blogspot.com/2011/12/christian-louboutincom.html

Jéssica disse...

Que história linda, é real amiga blogueira?
Tem babados novos no blog, passa lá beijoca

Anoni disse...

É voce na foto? Pois se for, esta cada vez mais linda. Eu adorei a foto e o texto, inspirador Mary

Postar um comentário

Os comentários são moderados, mas sua opinião é sempre bem-vinda! Comentários desrespeitosos ou caluniosos serão banidos.
Fique livre para enviar uma sugestão, dúvida ou crítica: entre em contato comigo.
Certifique-se, antes, se a sua dúvida já está respondida no F.A.Q. Obrigada!

:a   :b   :c   :d   :e   :f   :g   :h   :i   :j   :k   :l   :m   :n   :o   :p   :q   :r   :s   :t

Poderá gostar também de:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...